sábado, 12 de fevereiro de 2011

Uma carona, uma conversa e o salário mínimo!

A luta travada pelas centrais sindicais com o governo pelo reajuste no salário mínimo formula a cada momento uma autocrítica de minha situação política, e porque não da minha própria condição partidária. E não posso tomar outro posicionamento a não ser aquele que fique do lado dos trabalhadores.

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Foi então na quinta-feira, rumando ao Campus da Universidade Estadual de Ponta Grossa, eu e dois colegas, discutíamos o campo político ainda das eleições de 2010, que se comente, apoiei a presidenta Dilma do começo ao fim. Dentre as frases acaloradas que sempre acarretam em algumas desavenças, escuto o questionamento, ou melhor, a suposição que a eleição de José Serra poderia ser de melhor agrado, pois esta poderia formular nos movimentos sociais, nas entidades organizadas e nos demais campos, um espírito de levante social, capacitado a mudar as estruturas políticas do Brasil. Logo depois, a colega em questão declara seu voto a Plínio Arruda.

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Volto então em 2009, numa das falas de algum camarada do PCdoB no 12° Congresso do Partido, quando de fato a então candidata Dilma Roussef já se apresentava como o nome alavancado a continuar um ciclo democrático iniciado por Lula - onde o camarada cujo não me perdôo o esquecimento de seu nome - defendia a candidatura de Dilma Roussef com um argumento firme, com Dilma ainda seguimos no caminho de uma sociedade com menos desigualdades nos diversos segmentos básicos. Defendia também a candidatura de Dilma, mesmo encontrando no programa petista alguns pontos que discordava, porém alertou, com Dilma existe a possibilidade da conversa, do dialogo político.

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Nesta viagem insana, lembro de algumas falas do cotidiano, com amigos que defendiam a candidatura do ilustre Plínio Arruda, afirmando estes, que Dilma e Serra em nada se diferenciavam. Apesar de discordar veementemente de tal visão ainda os enxergava (enxergo) estes como forças que ainda jogam o jogo do meu lado. E convenhamos que as vaidades do ego estão presentes na esquerda desde que esta se coloca como tal. Dilma e Serra no mesmo balaio? Ambos tratam professor a paulada? Ainda insistem em afirmar isso? A Rede Globo e a VEJA que o digam...

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Agora chego ao meu quarto, de onde escrevo esses parágrafos desconexos, com a certeza ao mesmo tempo que tomei o lado certo de todo esse emaranhado feito na política brasileira sem perder o meu olhar crítico sobre as questões do atual governo, pois sei que mesmo quando discordo ainda serei ouvido.

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Que o leitor tente ou invente uma conexão de todas essas experiencias!